8ª
Edição da
Taça Inter-Trofeus

Não foi muito feliz a presença dos ASES nesta edição da
TIT.
A prova desta vez realizou-se ainda mais a sul, no
Kartódromo Internacional de Palmela.
A organização esteve em muito bom nível presenteando os
grupos com uma frota de karts muito bem afinada e equilibrada.
A pista de Palmela é muito rápida para a frota que se
usou, mas mostrou-se ainda assim muito interessante.
Entregou a direcção de prova a uma equipa muito
competente, que soube estar à altura do evento e consequentemente
assistimos a corridas muito competitivas e emocionantes, com diferenças
entre primeiro e último que algumas vezes não chegou à vintena de
segundos.
Claro que com andamentos muito equilibrados, com
diferenças de andamento a rondar as centésimas de segundo, a vantagem
esteve naqueles que mais usam esta pista.
Os karts estavam surpreendentemente muito bem
equilibrados e afinados, tinham protecções à sua volta e com tanta
igualdade de andamento, os toques mais ou menos incorrectos foram
acontecendo aqui e ali.
No
entanto, na fase inicial da prova, ou seja, nas corridas de apuramento e
de repescagem, a situação esteve relativamente equilibrada e só com o
desenrolar das mangas mais competitivas, com a presença de pilotos
teoricamente mais competitivos, os toques mais ou menos incorrectos
foram aumentando.
Ainda assim, no pelotão da frente a disputa foi sempre
mais correcta.
No final os vencedores foram o Funkart que manteve a
tradição de manter as vitórias na TIT nas mãos de três grupos - o
FUNKART, o MILLENNIUM BCP e... os ASES!
De salientar que a TIT mostrou estar bem viva, ao
bater-se mais uma vez o recorde de presenças - 22 grupos.
Quanto aos ASES, como já disse não fomos muito felizes.
Naturalmente que o desconhecimento da pista jogou contra
nós (e a grande maioria dos pilotos que vieram do norte), mas não
explica tudo. A inexperiência de alguns e a falta de presença nestes
confrontos, também prejudicou alguns de nós.
PAULO SAMPAIO foi o primeiro a entrar em acção e teve
muitas dificuldades em adaptar-se ao forte e rápido andamento exigido.
Na sua manga não foi além do 23º lugar, num kart que na manga seguinte
viria a obter a pole-position. Posteriormente alinhou na primeira manga
de repescagem e conseguiu brilhante recuperação até ao 9º lugar. Com
isso o apuramento para as meias-finais.
O
segundo a entrar em acção foi Rui Almeida que com outro traquejo e
experiência, não teve dificuldades em passar a primeira fase, atingindo
desde logo as meias-finais. Depois de um sexto lugar nos treinos, lutou
toda a corrida pelo quarto lugar que perderia quase no final, terminado
assim um lugar abaixo.
Em seguida foi o nosso campeão Luis Vaz, de quem
esperávamos bastante. No entanto, este nunca se adaptou à pista, ainda
pensamos que não teria sido feliz com o kart que lhe saiu em rifa, mas a
verdade é que o seu andamento nunca foi muito forte ao longo do dia.
Depois de 14º nos treinos, Vaz também alcançou desde logo o acesso às
meias-finais mas num lugar que não dava muitas esperanças - 11º.
Na quarta corrida estiveram em acção Pedro Vidinha e Luís
Carvalhais. Este, a representar os ASES pela segunda vez depois de Viana
2008, viveu sempre muitas dificuldades, vagueando a meio da tabela, em
pelotões muito extensos, a contar sempre com 25 a 28 karts.
Com o tal andamento muito equilibrado, tentar ganhar um
lugar tinha muitas vezes como consequência perder dois ou três e
Carvalhais sentiu isso algumas vezes. Depois de uns treinos animadores,
Carvalhais acabou por não comprometer na corrida e alcançou o apuramento
directo também no 11º lugar.
Já Pedro Vidinha esteve em bom plano, ao efectuar
excelente corrida com várias ultrapassagens e a culminar com o
melhor
resultado nesta fase - o quarto.
Finalmente entrou em acção Aires Azevedo que começou por
surpreender nos treinos com o seu quarto lugar.
No entanto, na corrida adoptou uma postura um pouco mais
defensiva, nada apropriada para o andamento rápido e equilibrado e
acabou por soçobrar perto do fim, caindo para o oitavo lugar.
Finda esta fase, ainda havia esperança, já que todos os
pilotos iriam disputar as meias-finais, embora só dois deles - Pedro
Vidinha e Rui Almeida estivessem à partida em lugares de acesso à final
principal.
Os primeiros a entrar em acção foram Paulo Sampaio e Luís
Carvalhais. Sampaio vagueou sempre pelos últimos lugares nunca mostrando
andamento para ir mais além. Já Luís Carvalhais, ainda nos deu alguma
esperança, mas com um pelotão cada vez mais bravo, acabou vitima de
alguns excessos e com isso caiu até ao 19º lugar. De uma assentada, os
ASES perdiam logo dois pilotos.
Na segunda meia-final entraram em acção os dois melhores
representantes do grupo - Rui Almeida e Pedro Vidinha.
Rui Almeida fez uma excelente corrida. Mau arranque,
caindo para o nono lugar, mas brilhante recuperação que culminou com o
terceiro lugar final a escassos três décimos do vencedor e ainda a
melhor volta da corrida!
Pedro Vidinha também esteve em excelente nível terminando
a corrida mesmo atrás de Almeida, mas viria a ser
penalizado
pela direcção de prova em 30 segundos por supostamente ter empurrado
para fora da pista um adversário.
Uma situação injusta que motivou sem sucesso a nossa
reclamação: Primeiro porque Vidinha não o fez e segundo porque a
penalização foi tão excessiva que o deixou em último lugar e por isso...
fora de qualquer final.
Na terceira meia-final entraram em acção Luís Vaz que
arrancou em 14º e Aires Azevedo que arrancou em 11º lugar da grelha.
Mais uma vez, os nossos pilotos tiveram um andamento
muito esforçado, mas sem sucesso. Vaz acabou por se apurar para a final
B, terminado a prova no último lugar elegível o 12º, enquanto que Aires
Azevedo ficou pelo caminho ao terminar no lugar seguinte.
Em resumo, com a chegada das finais, tínhamos Paulo
Sampaio, Luís Carvalhais e Aires Azevedo de fora.
Pedro Vidinha também ficou de fora, mas depois de ter
estado muito bem e apenas sendo vítima de uma situação para a qual nada
contribuiu.
Luís Vaz iria disputar a final B, saindo do último lugar,
enquanto que Almeida iria para a final A e saindo do 11º lugar.
Finalmente Vaz deu um ar da sua graça, conseguindo bom
andamento, mas saindo tão atrasado dificilmente chegaria muito à frente.
Ainda assim concluiu a prova no 11º lugar.
Finalmente Rui Almeida disputou a sua sétima final da TIT
em 7 presenças - não esteve na TIT de Viana.
Tal como a grande maioria das corridas disputadas, a
final foi altamente disputada. O nosso piloto arrancou bem, não ganhou
nem perdeu lugares e na fase inicial seguiu o pelotão à sua frente.
Quando começaram os ataques, Almeida abriu o livro da
matreirice e foi subindo à mercê de ataques falhados e de algumas
colaborações de ocasião, terminado a corrida no sétimo lugar.
Para se ter uma ideia da dificuldade em ultrapassar, que
foi aliás apanágio em praticamente todas as corridas, não que a pista
não tivesse boas zonas para isso, mas sim pelo forte e equilibrado
andamento, basta apresentar os seguintes factos:
O 19º classificado terminou a somente 17 segundos do
vencedor.
As melhores voltas de todos os pilotos classificados (23
pilotos) ficaram dentro do mesmo segundo!
Aliás, os 17 primeiros distaram na sua melhor
volta...meio segundo exacto!! Almeida, neste particular foi somente 13º
e João Moreira, o melhor representante do norte na final A e que
terminou mesmo à frente do nosso piloto, apenas alcançou a 15º melhor
volta. Sintomático.
Com tamanho equilíbrio, a final foi pródiga em casos, mas
acabou de forma lamentável com um piloto a ter um comportamento
altamente anti-desportivo e principalmente perigoso e inconsciente.
Cenas lamentáveis que merecerão uma análise profunda
antes da realização de futuras organizações da TIT.
Os grandes vencedores foram o Funkart, enquanto que os
nossos amigos da UM Karting foram merecidamente os melhores
representantes do norte.